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A eletrônica em um carro de competição

A eletrônica de automóveis é de suma importância para a segurança e conforto de um carro convencional. Esta área surgiu em 1912, quando o calhambeque Cadillac Touring Edition foi lançado como o primeiro carro de linha com motor de partida. Com o passar dos anos a complexidade do sistema elétrico foi aumentando bem como a quantidade dos fios presentes nos carros. Atualmente alguns esportivos de luxo possuem cerca de 4km de cabos embarcados.


Carros de competição possuem chicotes elétricos bem menores por razões como peso e manutenabilidade. Decisões de projeto tais quais posicionamento de componentes, dimensionamento de cabos e roteamento dos mesmos são de responsabilidade dos membros da eletrônica Fórmula SAE UFMG. Para a equipe, esse sistema é vital para alto desempenho do nosso carro de competição


Figura 1: Chicote Elétrico do Protótipo TR-05

Dentre todos os componentes presentes no chicote o mais essencial para um carro de corrida é a ECU [Engine Control Unit] ou Central Eletrônica. A ECU é responsável por controlar eletronicamente o funcionamento do motor, sendo análoga ao carburador, para obter o máximo de desempenho para o projeto dos sistemas periféricos do mesmo. Para que isso aconteça a ECU precisa ser programável ao contrário dos modelos presentes em carros convencionais. A reprogramação permite aos membros ajustarem os parâmetros para diferentes provas durante a competição bem como comparar setups distintos. Até o ano de 2016 a ECU utilizada pela equipe foi o modelo desenvolvido dentro da UFMG pelo professor Fabrício Pujatti. Porém a “Pujetti”, apelido da Central, será substituída por uma ECU comercial projetada para possibilitar uma melhora no desempenho do carro.


Além da ECU outro componente de extrema importância é o DAS [Data Acquisition System] que é projetado para salvar as informações importantes sobre o funcionamento do carro e desempenho dos pilotos. O DAS recebe os dados de todos os sensores do veículo para salvá los ou transmiti los sob demanda. A concepção do DAS envolve várias etapas dentre as quais destacam se projeto, fabricação e prototipagem.


O projeto de PCBs [Printed Circuit Boards] requer um nível de precisão muito grande devido ao tamanho dos componentes eletrônicos utilizados. Atualmente um processador de 32 bit possui tamanho inferior ao de uma moeda de 1 real. Portanto, a equipe utiliza um software de ponta, Altium, para a confecção de suas placas de circuito além de fabricar-las na empresa Micropress, líder de placas do Brasil. O projeto de uma placa de 2 ou 4 camadas tem como objetivo compactar os diversos componentes em uma menor área possível reduzindo assim o peso total do subsistema.

Figura 2: Interface do Software Altium Designer


A etapa de prototipagem, é a mais longa de todo o processo pois procura-se erros de projeto que se ignorados ou não encontrados, podem causar mau funcionamento das peças que serão fabricadas.


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