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Importância no estudo da Aerodinâmica

A aerodinâmica é a área responsável pelo estudo do fluxo de ar e das forças exercidas por ele sobre o carro. Esse estudo é imprescindível para melhorar o desempenho, consumo e estabilidade, seja em carros de passeio ou de fórmula.


Na aerodinâmica, há duas forças que são a ênfase do estudo: Força de sustentação descendente (downforce) e arrasto. O arrasto é uma força horizontal gerada pelo atrito do ar com a superfície do carro, no sentido contrário do deslocamento, diminuindo o desempenho do carro. O downforce é uma força vertical descendente, gerada pela diferença de pressão entre as partes superiores e inferiores dos dispositivos aerodinâmicos, e consequentemente do veículo como um todo, e seu principal objetivo é o aumento da Força Normal sobre os pneus, resultando em um aumento de aderência em curvas e uma diminuição no ângulo de escorregamento dos pneus, o que resulta em um melhor desempenho do carro em curvas.

Estudo do comportamento  do fluxo de ar.

Ao ter dispositivos que geram downforce, inevitavelmente há um aumento do arrasto. Assim, apresenta-se o maior desafio da aerodinâmica: o projeto de seus componentes tem por objetivo aumentar a força aerodinâmica vertical descendente sem, no entanto, prejudicar o desempenho do carro com o aumento excessivo do arrasto. Além disso, é necessário que os componentes não acrescentem peso em excesso ao carro.


O TR-05 foi o primeiro carro do Fórmula UFMG a implementar um estudo aerodinâmico mais aprofundado. São os dispositivos aerodinâmicos: asa traseira, asa dianteira e difusor.

Os componentes foram desenhados no software SolidWorks e submetidos a simulações de fluidos no software StarCCM+. Foram analisadas várias geometrias até que convergíssemos para a que melhor atendia aos objetivos da equipe e ao mesmo tempo se adequasse ao regulamento da competição Fórmula SAE, já que esse é bastante restrito em relação à localização de dispositivos aerodinâmicos. Além disso, foram feitas simulações de esforços no software ANSYS para garantir a rigidez e resistência dos componentes.

Desenho da asa traseira, asa dianteira e difusor no solidworks)

As asas são dispositivos que geram downforce devido a um gradiente de pressão, o qual é derivado de uma diferença de velocidade entre o escoamento das superfícies superior e inferior dessas. Ambas foram laminadas com fibra de carbono, e seus moldes foram usinados em MDF. Na asa traseira, tanto a estrutura interna quanto os suportes são de alumínio .Já na asa dianteira, a estrutura interna foi de alumínio e os suportes de aço 1020, por ser um material mais resistente, já que a asa possui poucos pontos de fixação.


O difusor é um dispositivo que se localiza debaixo do carro, e tem como principal objetivo conduzir o ar de forma a não causar grandes choques com a estrutura, gerando downforce, e ajudando na diminuição do arrasto do conjunto. Sua construção foi feita por meio de laminação sanduíche de fibra de vidro e balsa, e seus moldes foram confeccionados em isopor.


Por último, mas não menos importante, temos a carenagem e o bico. Eles são imprescindíveis para que o escoamento do fluxo de ar no carro seja o melhor possível. Ambos foram laminados com fibra de vidro, e seus moldes foram usinados em isopor.


A escolha de todos os materiais foi baseada em suas propriedades mecânicas, densidade e disponibilidade. Assim, garantimos que o material suportará os esforços solicitados e que a peça não será superdimensionada.


Como todo bom projeto, há também as validações. A validação da aerodinâmica se divide em duas partes: testes em pista e teste em túnel de vento. O teste em túnel de vento consiste em medir as forças aerodinâmicas em um modelo em escala do carro e, por meio dos resultados obtidos, calcular coeficientes adimensionais e compará-los com os obtidos na simulação de fluídos. Já no teste em pista, simulamos as provas dinâmicas da competição e medimos o tempo do carro com e sem os dispositivos aerodinâmicos, e assim, comparamos os resultados.


A construção de todos os componentes da aerodinâmica só foi possível devido à ajuda de nossos patrocinadores. As fibras foram disponibilizadas pela Fibertex, o isopor para a confecção dos moldes pela Termominas, o alumínio pela Fibraer e o aço pela RDmec. Todos os moldes foram usinados pelo CEA -Centro de estudos aeronáuticos da UFMG- e as geometrias de estrutura interna e suportes das asas foram feitas por corte à agua, pela empresa JOTALUX.


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